Investigação encontra R$ 118 mil e contratos de agiotagem em cofre de líder colombiano no Amapá
15/12/2025
(Foto: Reprodução) MP e PF abrem cofre apreendido durante operação contra agiotagem no Amapá
Novas informações sobre a as investigações da Operação Cobro Final foram repassadas na tarde desta segunda-feira (15), após a abertura de um cofre blindado apreendido durante o cumprimento de mandados na semana passada. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amapá (MP-AP), em conjunto com a Polícia Federal.
A polícia encontrou no cofre dinheiro, munições, documentos e vários outros objetos supostamente utilizados no esquema criminoso.
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Ao fim da inspeção no cofre, a polícia encontrou:
Valor de R$ 118.760 em espécie;
Contratos de aquisição de imóveis usados em benefício da organização criminosa;
Cartões utilizados para a prática de agiotagem;
Diversas munições de uso restrito e permitido;
Documentos de pessoas que realizaram empréstimos com os investigados.
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Gaeco abre cofre de líder colombiano que atuava com agiotagem no Amapá
MP/divulgação
A investigação começou após denúncia anônima recebida pelo Gaeco e na tarde desta segunda-feira, aconteceu a ação de abertura do cofre apreendido na primeira etapa da operação.
“Na tarde de hoje, dia 15, conseguimos abrir um cofre blindado apreendido em uma residência do colombiano líder da organização criminosa investigada. Em seu interior também foram encontradas diversas munições de uso restrito e permitido, além de outros contratos de pessoas que fizeram empréstimos em dinheiro com os investigados”, informou a promotora de justiça e coordenadora do Gaeco, Andréa Guedes.
O esquema criminoso
Deflagrada em 11 de dezembro deste ano, a operação cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão preventiva em Macapá (AP) e Teresina (PI). O alvo é uma organização criminosa formada majoritariamente por colombianos, especializada em empréstimos irregulares com juros diários e extorsivos — prática conhecida na Colômbia como “cobro”.
De acordo com as investigações:
O grupo utilizava métodos violentos de cobrança, ameaçando a integridade física e a vida das vítimas;
Em casos de inadimplência, bens materiais eram tomados como forma de pagamento;
Entre 2023 e 2025, a organização movimentou mais de R$ 60 milhões;
Para dar aparência legal aos lucros, mantinha um esquema de lavagem de dinheiro, utilizando empresas de compra e aluguel de veículos e contas de “laranjas” para pulverizar os valores.
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